Miss World e a abolição do biquini
Em 1951, após a devastação da Segunda Gurerra Mundial, surgiu o primeiro concurso de beleza do mundo, o Miss World (Miss Mundo), que iniciou-se no Reino Unido, criado por Eric Morley. A princípio, o concurso de beleza foi gerado para ser um festival de biquínis e causar impacto na sociedade. Fazendo com que desta forma levantasse dinheiro pelos danos causados pela guerra. A ideia deu tão certo, que após o sucesso do concurso, foram surgindo outros, como o Miss Universo, por exemplo, que surgiu no ano seguinte. E desde então o traje de banho é o ápice de todos os concursos de Miss. Porém, se analisarmos a história do concurso, o próposicto deste desfile já não faz mais sentido, visto que ver mulheres de bíquini, tornou-se algo bastante comúm.
É raríssimo, ver mulheres curtindo a noite com looks elegantes e discretos, o que mais vemos são minissaias, shorts curtos, decotões e barriga de fora. O que era vulgar, tornou-se comum e aceito.
No Miss World 2014 a CEO Julia Morley, após o falecimento de seu marido Eric, assumiu o evento e revolucionou abolindo totalmente o desfile de biquiní em toda a franquia do concurso, em todos os países, inclusive o Brasil (um choque, afinal uma das marcas registradas do nosso país é o corpo da mulher mais marcado e exposto, além de ter a fama de ser o país dos biquinis mais bonitos e desejados do mundo). Com isto, entra também, juntamente com os novos parões de beleza, o consenso de que duas polegadas não pode mais tirar uma Miss do concurso (lembram da Martha Rocha, Miss Brasil, que só não foi a Miss Universo naquele ano por este motivo?).
Além do mais, se tem algo que me encanta na franquia Miss Mundo é a prova que tornou-se o lema do concurso. A "Beleza com Próposito", criada em 1974, onde cada Miss tem que criar um projeto social em sua comunidade e apresentá-lo (tenho muito orgulho de ter ficado em segundo lugar nesta prova no Miss Distrito Federal 2016).
No Miss Mundo Brasil a prova do desfile de bíquini foi substituída pelo traje casual onde cada candidata mostra sua personalidade e sua atitude na passarela.
Acredito que esta evolução tenha sido fundamental, para mostrar para a sociedade que ser Miss vai muito além de ter um rosto bonito e um corpo esguido. É ter humanidade no coração, pensar no próximo além de si mesma e fazer o bem, que é o que o mundo realmente precisa. Mais amor e menos futilidade. O que é belo de verdade vai além do que os olhos podem ver! Beijos, meus amores. E aí deixo a pergunta. E vocês? O que acharam da abolição do bíquini?